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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Novo site: dar e reutilizar sem nada em troika (expresso)

Novo portal de doações e trocas lançado hoje.

Tem um sofá de que já não gosta? Eletrodomésticos ou material informático que funcionam, mas não utiliza? Livros a acumular pó ou roupa que não usa a encher os armários? E não sabe o que lhes fazer porque não conhece ninguém interessado nesses objetos? Ou precisa de uma mesa nova ou de uma peça para o computador e não tem dinheiro para comprar novo?
A partir de hoje - que é Dia Mundial da Poupança - pode encontrar uma solução social e ambientalmente correta para o problema. Basta abrir a Internet, clicar em www. dou.pt/   e aceder ao novo sistema de doações online. No portal dou.pt é feita a correspondência entre dadores e recetores por proximidade geográfica e de amizade, com ligação a redes sociais como o Facebook ou o Twitter. O portal já tem 5 mil seguidores, via e-mail e Facebook, a aguardar a "abertura de portas".
O projeto não tem fins lucrativos. "Quem dá recebe um sorriso", explica Pedro Saraiva, um dos mentores. E quem recebe terá de pagar €1. "É uma pechincha que permite credibilizar e autossustentar o projeto."
A ideia começou a mexer há cerca de dois anos, quando Pedro andava à procura de uma placa gráfica para o computador do pai. Em conversa com um amigo surgiu o desafio de promover a reutilização de bens de consumo, já que Portugal tem uma das taxas de reutilização mais baixas da UE.
"Temos um excesso de consumo face ao PIB per capita. Países mais ricos do que Portugal reutilizam muito mais", explica o jovem engenheiro, 34 anos, que trabalha em Espanha como consultor na área de estratégia numa empresa ligada a fundos de investimento.
Além das mais-valias ambientais o projeto tem forte cariz social: promove o voluntariado e a dádiva. A associação que lhe deu corpo conta com 30 voluntários e "o protagonista é o serviço dou.pt", afirma Pedro. E este surge na altura certa: "Em tempo de crise num país com características de novo-rico."
Por isso foi aplaudido como uma das dez melhores ideias que chegaram ao programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano. Com o apoio da Fundação Gulbenkian desenharam o modelo e estruturaram um projeto que articula parcerias com instituições de solidariedade social e com entidades gestoras de resíduos. O que não for reutilizado pode ser reciclado e o site referencia os pontos de recolha.
Razões não faltam para que a Agência Portuguesa do Ambiente apoie este "projeto inovador e dinâmico que vai ao encontro do desígnio nacional, ao prevenir a produção de resíduos e ao promover a reutilização", nas palavras do seu presidente. Mário Grácio salienta também a contribuição para "uma maior eficiência na produção de recursos e a redução das emissões de carbono".

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